sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ação pelo fim da Volência contra a Mulher

Em parceria com Centro de Cidadania da Mulher de Santo Amaro (CCM/SA) e com a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, a Unidade Antonia realizou no dia 26 de novembro uma ação Pelo Fim da Violência contra a Mulher.  O ato aconteceu no Terminal de Santo Amaro – SP, um dos terminais de ônibus mais movimentados da cidade de São Paulo. Contou com participação de pessoas das três entidades, que aproximaram das pessoas que ali passavam, falaram sobre o tema e distribuíram materiais informativos: panfletos, folders e jornais.
A equipe avalia a ação como positiva, pois contataram pessoas de diferentes áreas: Educação, Assistência Social entre outras, que demonstraram interesse em saber mais sobre a violência contra a mulher e multiplicar as informações recebidas em suas instancias de trabalho. Algumas mulheres contatadas  relataram situação de violência na própria família ou entre pessoas conhecidas e solicitaram materiais para levar a essas pessoas. Como nas proximidades do Terminal há faculdades, a equipe contatou também muitos estudantes que por ali passavam.
Esse ato faz parte da programação da Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que no Brasil tem início no dia 20 de novembro, “Dia da Consciência Negra” e estende até o dia 10 de dezembro, “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. Em outros países ela inicia no dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra a mulher.
Esta campanha tem como objetivo dar visibilidade à violência contra a mulher, sensibilizar a sociedade e discutir formas de enfrentamento, pois dados mostram que é alto o número de mulheres que sofrem violência e parte dessas não sabem onde encontrar apoio. Por isso é importante.

Confira a programação da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres da Campanha “16 dias de ativismo:”

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Encontros de Formação

No mês de Novembro a Unidade Antonia realizou dois encontros de formação com as mulheres atendidas pelo Projeto que são Agentes de Prevenção do Centro de Testagem e Acolhimento DST/AIDS – CTA, entidade parceira da Unidade.
No primeiro encontro o grupo debateu o tema “Preconceito” e no segundo “HIV/ AIDS”. Ambos os encontros foram acompanhados por Luciana Dantas (estagiária de serviço social da Unidade Antonia) e Lívia Vernaci (estagiária de psicologia do CTA).  
 No primeiro encontro fizeram uma reflexão critica sobre a música de Chico Buarque (Gení e Zepelim), uma das participantes recordou que essa fez muito sucesso nas boates no ano de 1980. A reflexão levou o grupo a perceber o preconceito presente nessa música e o quanto a sociedade também é preconceituosa.
Outro recurso utilizado na reflexão foi o texto intitulado: “Há muito preconceito histórico, cultural contra a prostituição” (Luis Nassiff). Após a leitura cada uma das mulheres expos sua percepção enfatizando momentos de violência e preconceito vivenciados. Para finalizar esse encontro foi recitada a poesia de Cora Coralina intitulada “Mulher da Vida”, cada uma delas interpretaram o poema.
 No segundo encontro Lívia Vernaci falou sobre a importância da prevenção à saúde com uso de preservativo durante a relação sexual, pois além de prevenir a contaminação com o vírus HIV e gravidez previne muitas outras DST’s (Doenças Sexualmente Transmissíveis). As agentes de prevenção informam que durante as visitas que fazem aos locais de prostituição percebem que as dúvidas das mulheres se repetem bastante e costumam ser reincidentes.
 Segundo Lívia os últimos estudos sobre HIV, apontam que no Brasil houve aumento de 11% de infectados, isso ocorre pela pouca divulgação da doença, por parte da mídia e da forte resistência masculina em usar preservativo, consequência da sociedade machista. No decorrer da conversa uma das mulheres disse que no início do ano de 1980, pouco se sabia sobre o vírus HIV, sabia-se apenas que matava rápido, pois tinha uma colega de profissão que definhou e veio a óbito em poucos dias; não era disponibilizado por nenhum órgão público preservativos para quem praticasse prostituição, tanto na região Central da cidade de São Paulo como em Santo Amaro- SP. As mulheres faziam programas sem o uso de preservativo.