terça-feira, 4 de agosto de 2015

Projeto Antonia realiza evento para debater sobre preconceito(s)

No dia 31 de julho, a Unidade Antonia realizou o evento denominado “Café sem preconceito”, em parceria com o CCM (Centro de Cidadania da Mulher) de Santo Amaro – SP.
Este evento foi pensado a partir do planejamento do  Projeto Antonia, com o intuito de refletir junto com as Instituições parceiras sobre a temática do preconceito. O Centro de Cidadania da Mulher se somou à organização do mesmo.
Nadja Vilela (Coordenadora do CCM) fez a abertura, dando as boas-vindas a todos (as) os(as) presentes e em seguida fez a apresentação das duas instituições envolvidas na organização do evento, CCM e o projeto Antônia.
Lucia Alves (coordenadora do Projeto Antonia) iniciou apresentando o projeto e sua forma de atuação junto à mulher em situação de prostituição. Fez um resumo histórico, como dizia: os preconceitos vêm dos conceitos que vão sendo construídos na história.
Seu ponto de partida foi a Idade Média, período historicamente situado entre os séculos V ao XV, onde aconteceu um avanço visível da transmissão das doenças sexualmente transmissíveis, com isto a Igreja se vê obrigada a reforçar a pratica da prostituição como pecado.
Na história do Brasil no século XIX, no Estado do Rio de Janeiro, acontece uma Epidemia de Sífilis, onde novamente a prostituição é responsabilizada pela proliferação da doença. Com isto, ela passa a ser alvo dos olhares e motivo de atenção dos médicos e saúde pública em seguida dos juristas. No fim do Século XIX e início de XX, a mulher em situação de prostituição passou a ser alvo e problema do sistema da polícia.
Concluiu sua fala dizendo-nos: A prostituição é sustentada pelo sistema político e embasada na autora Margareth Rago, que afirma: “A prostituição é uma consequência”.
Lúcia Gatti (Técnica Assistente Social) representando o Centro de Testagem e Aconselhamento DST/AIDS (CTA); Dr. Márcio Carlos Valente Alberte  (Ginecologista) representado o Centro de Referência DST/AIDS (CR); Dr.º Fernando Artacho Carvalho Martins (Defensor Público) representando a Defensoria Pública; Srª Dulce Xavier (Secretária Adjunta) representado a  Secretaria  Municipal de Políticas Publicas para mulheres, todas (os) explanaram seu trabalho e apresentaram como percebem a temática do preconceito no cotidiano.