terça-feira, 11 de outubro de 2016

OUTUBRO ROSA

Por: Maria José
(Educadora Social - Projeto Antonia)
       
Mulheres, devemos dar atenção à Campanha Outubro Rosa, pois não se trata de modismo, porque é bonito andar com um lacinho rosa ou algum acessório de cor rosa, na verdade se trata de uma campanha de sensibilização/conscientização referente ao câncer de mama, para a prevenção e diagnóstico precoce, pois dessa forma as chances de tratamento são maiores.

Essa campanha começou nos Estados Unidos, e o uso do laço rosa começou quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure, distribuiu laços rosas aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade.

O Brasil não ficou de fora, e começou a divulgar e incentivar a luta contra o câncer. O primeiro ato foi em São Paulo, quando em 02/10/2002, o obelisco do Ibirapuera (um monumento dos Soldados Constitucionalistas), recebeu uma iluminação na cor rosa, daí em diante, muitos outros monumentos foram iluminados no mês de outubro na cor rosa.

Essa campanha é feita no mês de outubro, mas o assunto deve ser tratado o ano inteiro, veja os índices de estimativa de câncer de mama no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA)

ESTIMATIVA | 2016 - Incidência de Câncer de mama no Brasil      


Para o Brasil, em 2016, são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama, com um risco estimado de 56,20 casos a cada 100 mil mulheres.

Dicas importantes:

- Autoexame (tocar, apalpar as mamas, deitada, ou em frente ao espelho, tomando banho), verifique se há algum modulo na região dos seios ou ainda próximo às axilas;

- Percebendo alguma anormalidade, não se desespere, procure um médico;

- Recomendável para mulheres a partir dos 40 anos, realizar mamografia, uma vez por ano.


“Mulher se toque,

 a prevenção ainda é o melhor remédio”




quarta-feira, 21 de setembro de 2016

EXPLORAÇÃO SEXUAL: SÓ BASTA NOS LEMBRAR DO DIA 23 DE SETEMBRO?

Na data 23 de setembro comemora-se o Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.
Fonte: Internet
Essa data foi escolhida pelos países participantes da Conferência Mundial da Coalizão contra o Tráfico de Mulheres, que acontecera em Dhâka, Bangladesh em setembro de 1999, 86 anos depois da criação da Lei Palácios – que promulgara a Argentina no ano 1913, sendo a primeira Lei que pune o tráfico para exploração sexual de mulheres e crianças.
O objetivo dessa ação visou visibilizar, sensibilizar e divulgar a realidade do tráfico humano, para exploração sexual de mulheres e crianças.

Mas o que entendemos por exploração sexual? Já imaginamos e escutamos diferentes respostas de vocês leitores e leitoras deste blog.
Para provocar o debate queremos aproximar de vocês o que envolve o entendimento quanto à exploração sexual. Partimos desta pergunta: Prostituição e exploração sexual são a mesma coisa?
“A prostituição é uma profissão reconhecida na Classificação Brasileira das Ocupações (CBO), contudo não é regulamentada. Ou seja, para as pessoas maiores de 18 anos a prostituição pode ser uma escolha que não envolva exploração sexual nem outras violações de direitos, desde que o trabalho seja exercido seguindo normas e procedimentos que minimizam a vulnerabilidades da profissão. (...) Já a exploração sexual é a obtenção de lucro por meio da prostituição de outra pessoa. As características de trabalho forçado - como cerceamento da liberdade, servidão por dívida, retenção de documentos e ameaça – podem ou não estar presentes nesse caso, como vemos na reportagem “Libertações em boate: exploração sexual, dívidas e escravidão”, da Repórter Brasil, de dezembro de 2010, que mostra a situação de 20 mulheres e 04 homens obrigados a se prostituir. Eles não trabalhavam por livre e espontânea vontade, pois ficavam 24 horas a disposição para atender os clientes e recebiam os salários por fichas que eram trocadas por produtos superfaturados.” (http://goo.gl/QX7pTm)[1]
               
Nesta perspectiva falar de prostituição infantil, é um erro na utilização do termo.Além da compreensão dos termos que é muito importante para saber do que estamos falando, como cidadãos e cidadãs não podemos ficar indiferentes diante realidade existente de exploração sexual de mulheres e crianças. Sabendo que se está impondo há muito tempo e cresce, com formas sofisticadas de desumanização, um sistema pornográfico que violenta e mata não só os sonhos, senão as vidas das meninas como acontece, com as chamadas bonecas sexuais humanas que são procuradas por homens bilionários. Será que só tem a finalidade de satisfazer uma fantasia sexual com se fala corriqueiramente. O que está por trás destas aberrações? É bom pensar em causas múltiplas e estruturais acerca destas realidades.
Para concluir e completar nossa reflexão queremos trazer estes dados estatísticos: “Para a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é um dos países campeões do mundo, quanto ao tráfico de pessoas, sobretudo, mulheres, crianças e adolescentes para exploração sexual”. Estima-se que 700.000 mulheres e crianças passam pelas fronteiras do tráfico humano. É o país responsável pelos 15% das pessoas exportadas de América Latina para Europa.
 Qual seria hoje o nosso grito e nossa ação concreta diante dessa realidade? Podemo-nos conformar com só lembrar um dia que, existe a exploração sexual de mulheres e crianças?
Podemos constatar que esta realidade tem feições concretas. Embora existam somente dados aproximativos sobre o tráfico de pessoas em geral e, em particular quanto à exploração sexual de mulheres e crianças. Todos e todas no dia a dia nos deparamos com notícias nas mídias, com casos concretos em nossos bairros, em nossas famílias, nas escolas e nas diferentes entidades e instancias da sociedade civil, do poder público e de nossas igrejas.
Olhar para essa realidade e deixarmos tocar por ela, nos instiga e impulsiona a tomar a atitude e prestar atenção aos nossos próprios comportamentos, conceitos, preconceitos que às vezes sem consciência ou muito pouca, pode reforçar um sistema de exploração sexual dos corpos das mulheres, sejam crianças, adolescentes ou adultas. E contribuir para sua reprodução.
Fonte: internet

Autora: Ir. Manuela Rodríguez Piñeres (Instituto das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor e da Rede Um grito pela Vida, no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas)


[1] ESCRAVO NEM PENSAR, REPÓRTER BRASIL, Caderno tráfico de pessoas, mercado de gente, pág. 12.Leia Mais

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Dia Mundial da Igualdade da mulher


No dia 26 de agosto, celebramos o Dia Mundial da Igualdade da mulher. Este dia nos dá a oportunidade de refletirmos sobre a desigualdade de gênero, ainda muito presente em nossa sociedade.
Como ponto de partida daremos enfoque ao Artigo Primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Artigo 1º
“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.[i]

Dentro de nossa Constituição, toda pessoa tem seus direitos e deveres garantidos por lei e defendidos a qualquer preço "deveria ser assim". Infelizmente em nossa sociedade patriarcal que reforça a dominação do homem sobre a mulher, percebe-se uma cultura que a anos vem legitimando a desigualdade de gênero.  O que deveria ser complemento com a riqueza trazida por homens e mulheres é vivenciado como desigualdade, onde a superioridade masculina se sobre põe fazendo com que a mulher com toda a sua história de luta e vitória tenha que lutar muito mais para ser reconhecida como agente de transformação.
Celebrar o Dia Mundial da Igualdade da Mulher é um dia de luta, pois nos faz perguntar por tantos nomes anônimos, por tantas vitórias conquistadas e porque não se chega ao reconhecimento da mulher em igualdade com os homens a partir de suas diferenças. 

A data de hoje também nos provoca a percebermos as pequenas conquistas que ao longo do tempo fomos adquirindo, tais como: o direito ao Voto, o Acesso à Educação, ingresso ao mercado de trabalho, entre outros... conquistas de muitas resistências vividas até os dias atuais e não reconhecidas quando, por exemplo, a mulher ocupa o mesmo cargo que o homem e seu salário é inferior. Ainda se torna mais agravante se essa mulher for negra. 

Essa luta pela Igualdade de Gênero é uma luta de todas (os) nós que não admitimos a normalização desta cultura machista e patriarcal que legitima cada vez mais a submissão da mulher e a sua inferioridade com relação ao homem. Temos um longo caminho pela frente. 

Fonte: Internet




[i] http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Declara%C3%A7%C3%A3o-Universal-dos-Direitos-Humanos/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.html

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

10 anos da Lei Maria da Penha

Por: Maria José Souza Da Silva
        (Educadora Social Projeto Antonia)

O que é a Lei Maria da Penha?



É a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que está completando 10 anos, é realmente motivo de comemoração no avanço da luta contra a violência domestica familiar.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Dia Internacional da Mulher Negra e Dia Nacional de Tereza Banguela

25 DE JULHO: DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA LATINO-AMERICANA E CARIBENHA E DIA NACIONAL DE TEREZA DE BANGUELA.

Fonte: Internet
O dia Internacional da Mulher negra foi instituído no dia 25 de julho de 1992 com o intuito de marcar o termino do I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana.

Essa data comemorativa, para nós brasileiras(os), é uma reverência à memória da líder quilombola do século XVIII, Tereza de Benguela ou "rainha Tereza" [como era conhecida], foi uma líder quilombola que viveu no Estado do Mato Grosso, no Brasil, durante o século XVIII


A Presidenta Dilma Rousseff criou a lei 12.987/2014 a ser comemorada todo dia 25 de julho como o dia nacional de Tereza de Benguela e da mulher negra.

Esta é uma data para fazer memória da história de luta e resistência das mulheres negras e de nos unirmos contra o preconceito racial presente em nossa cultura.¹


¹ Fonte: http://datascomemorativas.org/dia-nacional-de-tereza-de-benguela-e-da-mulher-negra-25-de-julho/ 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Experiência do Campo de Estágio

 Rosimeire Santos de Oliveira, faz estágio no Projeto Antonia desde 16 de março de 2015  e finalizando o mesmo nos relata sua experiência:

Ao analisar a minha experiência no campo de estágio, constatei que segundo Almeida (2013): “esse é um momento importante na construção do perfil profissional do aluno e para isso dever ser realizado de forma que venha acrescentar na formação do mesmo, com discussões direcionadas e com criticidade acerca do estágio” (DE ALMEIDA, Suênya T. de Souza, 2013, p. 04).
Nesse contexto devo a minha supervisora de campo Rosilene Ribeiro da Costa os momentos de aprendizado que proporcionaram autonomia para me relacionar com um público tão vulnerável e estigmatizado socialmente, que é o caso das mulheres em situação de prostituição. Tive a oportunidade nesse período de um ano e três meses de fortalecer meu projeto ético político tão defendido na minha profissão e fundamentar minha base para que eu me despisse de meus preconceitos e fosse a luta para garantir o mínimo de direitos que essas mulheres assim como todas nos mulheres temos o direito a acessar.



       Nesse momento percebi que esse ainda é um público tido como “invisível” aos olhos da sociedade e do poder público, pois esse priva essas mulheres de seus direitos e agindo assim muitas vezes atua de forma assistencialista, não proporcionando a elas empoderamento e autonomia.

Concluo que nesse sentido o Projeto Antonia é de suma importância em seu papel, pois favorece o acesso das mulheres em situação de prostituição ao mínimo de direitos que elas possuem, como por exemplo, o acesso a saúde, a previdência, o apoio jurídico, entre outros.

Referência Bibliográfica











terça-feira, 21 de junho de 2016

Estágio no Projeto Antonia

Maria José Sousa da Silva desde 17 de Agosto de 2015 faz estágio no Projeto Antonia e finalizando o mesmo nos relata sua experiência:

Fonte: Unidade Antonia
Fazer estágio no Projeto Antonia foi uma experiência maravilhosa, ter acesso às políticas públicas para as mulheres e o contato com o público, ampliou meus conhecimentos, pois lidar com a questão social que envolve a mulher em situação de prostituição exige uma luta constante, por se tratar de um público que vive na invisibilidade social. Em cada história aprendi a importância do olhar para o contexto familiar, e perceber o quanto o profissional da Assistência Social não é neutro, que ao mesmo tempo em que leva a transformação, também está sendo transformado.

O Projeto Antonia levanta a bandeira da questão social que incomoda a elite e a sociedade moralista, que ignoram e ao mesmo tempo explora e se beneficiam dela (prostituição). Levar às mulheres as informações de direitos à cidadania e leva-las a empoderar-se de seus direitos é uma construção, ensinando-as a lutar pelo direito a ter direitos, como principio básico; direito de não ser explorada, de não ser violentada ou sofrer quaisquer tipo de violência, direito à alimentação, saúde, educação, moradia digna, proteção, direito de ir e vir, como é garantida a todos, sem discriminação, na Constituição Federal Brasileira de 1988, nossa base para cobrar políticas públicas destinadas às mulheres em situação de prostituição, que o Estado ainda se mostra muito ausente.

Aprendi nessa vivência em campo de estágio, que as lutas e os enfrentamentos são o cotidiano da profissão, nas construções e desconstruções como objeto do Serviço Social. E para tanto é de suma importância as parceira com as redes privadas e publicas, para intervenções efetivas visando à transformação dessa realidade.

Obrigada Projeto Antonia e toda sua equipe, a Assistente Social Rosilene supervisora do estágio, por ter me proporcionada esses momentos maravilhosos de aprendizado aliando teoria à pratica, com certeza encerro esse estágio com um novo olhar para o Serviço Social.




Fonte: Unidade Antonia
Fonte: Unidade Antonia