Na data 23 de setembro Dia Internacional contra a Exploração
Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, a Unidade Antonia articulou e
realizou uma ação pública na Praça Floriano Peixoto (Santo Amaro – SP) em
conjunto com outras entidades: Centro de Cidadania da Mulher (CCM) Santo Amaro,
Centro de Testagem e Aconselhamento DST/AIDS (CTA) Santo Amaro, Rede Um grito
pela Vida- Núcleo da Conferência de Religiosas/os do Brasil (CRB SP) e a
Pastoral da Mulher Marginalizada (PMM) de São Paulo.
Essa data foi
escolhida pelos países participantes da Conferência Mundial da Coligação contra
o Tráfico de Mulheres, que aconteceu em Dhâka, Bangladesh em setembro de 1999, 86
anos depois da Lei “Palácios” – que promulgara a Argentina no ano 1913, sendo a
primeira Lei que pune o tráfico para exploração sexual de mulheres e crianças.
O objetivo dessa ação visou sensibilizar e divulgar a
realidade do tráfico humano para a exploração sexual de mulheres e crianças, na
data criada internacionalmente, contra o enfrentamento desta modalidade de
tráfico de pessoas. E assim tentar pôr um “freio” um BASTA a esse crime
organizado transnacional que cresce vertiginosamente nas últimas décadas.
Nesse sentido vale salientar que para a Organização das
Nações Unidas (ONU) o Brasil é um dos países campeões do mundo, quanto ao
tráfico de pessoas, sobretudo, mulheres, crianças e adolescentes para
exploração sexual. Estima-se que 700.000 mulheres e crianças passam pelas
fronteiras do tráfico humano, é o país responsável pelos 15% das pessoas
exportadas da América Latina para Europa.
Para atingir o objetivo da sensibilização e dar conhecimento
da existência dessa data as pessoas das entidades participantes fizeram uma
enquete à população que passava pela Praça Floriano Peixoto e suas redondezas, e
a realização de uma panfletagem com materiais informativos das diferentes
entidades voltadas para o enfrentamento e atendimento das pessoas em situação
de tráfico de pessoas em São Paulo. Foram 18 representantes das entidades, e
abordaram aproximadamente 400 pessoas durante as duas horas e 30 minutos que
durou essa ação.
Avalia-se que o ato alcançou seu e objetivo de maneira
contundente referente a contribuição
qualificada das instituições participantes e pela receptividade das pessoas
abordadas.
Sobretudo existem
instituições e pessoas que acreditam na possibilidade de uma sociedade
mais justa, mais igualitária sem tráfico de pessoas para a exploração sexual de
mulheres e crianças, pode-se colocar um BASTA nessa sociedade mercantilista
e de consumidores/as pára que nunca mais existam seres humanos transformados em
mercadoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário