terça-feira, 26 de abril de 2016

A mulher e sua Inserção no Mercado de Trabalho

Por: Rosimeire Oliveira 
(Estagiária de Serviço Social - Projeto Antonia).

Fonte: Internet
As lutas que as mulheres enfrentam diariamente para superar as desigualdades de gênero envolvem, em diversos momentos da história e contextos sociais, dramas, tragédias, resistências na família, na escola, no trabalho, na comunidade, no partido, entre outros.  Apesar, de reconhecermos que houve no decorrer dos anos importantes avanços, ainda estamos muito distantes da situação ideal.
Ao analisar a situação da mulher no mercado de trabalho a partir da década de 1970 até os dias atuais, a participação das mesmas no mercado de trabalho tem apresentado espantoso avanço. De acordo com Fundação Carlos Chagas, em 1970 apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam e na atualidade somam mais de 52%4 exercendo alguma atividade.
A partir da década de 1980 a atividade produtiva fora de casa, tornou-se tão importante para as mulheres quanto a maternidade e o cuidado com os filhos, principalmente se comparados até a década de 1970 onde os efeitos da maternidade eram evidentes na vida das mulheres. Esse fator se deve a necessidade econômica das famílias para fazer frente, seja ao desemprego de vários de seus membros, seja a renda familiar diminuída ou mesmo, ainda que em menor medida, a presença de um maior poder aquisitivo de um segmento de famílias que mesmo na ausência de serviços públicos e particulares deem atenção a maternidade.
No entanto, é importante salientar que o ingresso da mulher no mercado de trabalho é uma mudança estrutural na composição da força de trabalho e é responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças na situação de desigualdade de oportunidades.
Um estudo realizado pela Revista Geledés traz números que confirmam que as mulheres estudam mais e têm maior nível de instrução, desse modo, possuem formação em áreas que pagam menores salários e ocupam postos de trabalho com menor remuneração. Ainda observa-se salários menores para mulheres que ocupam funções idênticas as dos homens. Em 2010, o rendimento médio era de R$1.587,00 para os homens e de R$ 1.074,00 para as mulheres.
Portanto, faz-se necessário frisar que o emprego e a renda são dois componentes que criam condições para que as mulheres se libertem das incontáveis situações de opressão e humilhação que vivem na relação com os homens, o que lhes têm acarretado a incumbência do cuidado com os filhos e, na maior parte da vezes, dos idosos. O rendimento feminino tem crescente participação na renda familiar. 
Conclui-se que que por essa relação do cuidado com os filhos e para a promoção da igualdade de condições de inserção da mulher no mercado de trabalho, é fundamental que as políticas públicas universalizem entre outros o direito de acesso as creches, à educação (infantil, básica e média) preferencialmente de tempo integral.


Fontes pesquisadas:
Acesso em: 25/04/2016

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Maria Madalena, uma entra tantas “Marias”

Sabe-se que faz parte da humanidade o não interesse nas histórias de vida e das experiências de muitas mulheres que em momentos importantes deram sua contribuição com exemplos de fé, profecia e esperança na transformação da vida e realidade de seu povo.

Neste período que vivemos a Páscoa, iluminadas pela Ressurreição de Jesus, vivemos tempos de muita alegria, carregamos a certeza de que a vida não termina com a morte, percebe-se que ela é mais forte a ponto de ressurgir.
Temos figuras importantes de mulheres que estiveram presentes com Jesus neste momento de passagem e que com a singela participação foram agentes de mudança.  

Fonte: Internet
Entre tantas Marias, relembramos em especial de Maria Madalena, mulher que muito amou o Senhor, se apaixonou por seu Projeto de Vida e liberdade e o acompanhou até a morte na cruz (sentença última), pois foi àquele que muito questionou as autoridades e o sistema que oprimia os pobres de sua época.

Em seu íntimo, Maria Madalena fez uma verdadeira experiência de ressurreição, ao perceber o túmulo de Jesus vazio entra em desespero, e começa a chorar, perde o sentido e sente sua vida sem ideal e sem perspectiva, mas a esperança renasce no mesmo instante que ela escuta Jesus lhe chamar pelo nome: “Maria”! (Jo. 20,16)

O ressuscitado reaviva dentro de si a essência que havia perdido e faz-lhe reconhecer-se protagonista da ressurreição. Maria vai anunciar a todos a boa notícia: “Eu vi o Senhor” (Jo. 20,18). Quem fala não é mais aquela Maria que não compreendia o Projeto de Vida, liberdade, igualdade de gênero e de transformação social que Jesus pregava, mas quem fala é a Maria ressuscitada que encarnou em si estes ideias. 

Por: Luiza Pralon




quarta-feira, 6 de abril de 2016

ACROSTICO


Pouco a pouco, passo a passo...
Relembrando o legado, por Madre Antonia deixado,
Oferecer-se a Deus em oblação. E de um
Jeito simples e verdadeiro nos ensinou a amar,
Encontrando na escuridão de um
Triste olhar, a certeza de que esse era
O "próximo" a quem Jesus nos ordenou Amar.

Antonia, são várias, são únicas, imprimindo seu
Novo jeito de ser mulher; em meio as alegrias e
Tristezas, nem sempre compartilhadas; mas carregam
Os sonhos, as realizações, as frustrações...
Novo dia, novas Antonias, ou as mesmas  Antonias;
Inspiradas, amadas, ou maltratadas, com esperança que
Fonte: Unidade Antonia
Amanhã, seja escrita uma nova história.

Maria José (Estagiária de Serviço Social)




segunda-feira, 21 de março de 2016

21 de Março - Dia Internacional pela eliminação da discriminação racial

Como já dizia a Marcha das Mulheres Negras – 2015 
“Nossos passos vêm de Longe”
Fonte: Internet

A luta das mulheres negras pela sobrevivência e pelo direito vida, sempre existiu. Resistimos desde do sequestro de África, nos navios negreiros, vendo nascer nossos filhos e serem jogados ao mar.  Ainda hoje, muitas das reivindicações são as mesmas. Lutamos pela sobrevivência e direito a vida, lutamos por uma educação que nos reconheça e pela implantação efetiva da lei 10.639/2013[1], pelo direito a saúde, pelos espaços de representações políticas; lutamos contra o racismo, o sexismo, a discriminação e o preconceito. Estamos vivendo em tempo de conflitos; em tempo de risco de mais retrocesso e perda de direitos já conquistados. Tivemos avanços sim, mas numa escala mínima, muito pequena. Muitas mulheres negras foram para as universidades e se dedicaram as pesquisas em políticas de promoção da igualdade racial e enfrentamento ao racismo. Mas na ponta, na periferia as mulheres negras continuam passando por todas as mazelas causadas pelo racismo e desigualdades e continuam morrendo por violência.

O Mapa da violência 2015[2] – homicídios de mulheres no Brasil, aponta que entre 2003 e 2013 as taxas de homicídios de mulheres brancas caíram de 3,6 para cada 100 mil – essa queda representa 11,9%; enquanto as taxas entre as mulheres negras cresceram de 4,5 para 5,4 para cada 100 mil, isso representa um aumento de 19,5%. Isso significa que a porcentagem de vítimas negras, que era de 22,9% em 2003, cresce para 66,7% em 2013. Isso só afirma que infelizmente as Políticas Públicas não estão atingindo as mulheres negras. Somos atingidas pelo racismo, machismo e pela pobreza, que só nos coloca em um lugar maior de vulnerabilidade. Precisamos de fato, do debate amplo do racismo, do debate geral que atinge a estrutura do racismo, que incluam no debate toda a sociedade. Precisamos de fato, enfrentar o racismo e o racismo institucional e ter como eixo central para todas as políticas o enfrentamento do racismo.
Então, falar de posicionamento atual da mulher negra frente a eliminação da discriminação racial, ainda temos muito por avançar. Temos muito ainda para percorrer, precisamos ainda de muitas marchas das mulheres negras, precisamos ainda de muitos enfrentamentos para realmente termos uma mudança efetiva e acesso aos direitos.  

Por: Marisa Araujo Silva
Graduada em Serviço Social pela Universidade Santo Amaro -  Assistente Social. 
Militante do Movimento Negro e de Mulheres Negras.
Moradora do Município de Embu das Artes, São Paulo. 



[1] Lei 10.639/2013 - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
[2] vivario.org.br/negras-sao-as-maiores-vitimas-de-violencia/

sexta-feira, 18 de março de 2016

Semana da Mulher

Fonte: Unidade Antonia
A semana do dia 8 de março é sempre muito intensa de significado e por isto mesmo torna-se intensa de Ações, Manifestações e Eventos.

Desde a Unidade Antonia participamos no dia 8 de março da passeata na Avenida Paulista, junto com tantas outras mulheres e homens que manifestavam a favor dos direitos das mulheres. A Passeata teve inicio na Avenida Paulista e terminou na República.

“Foi um momento de luta e revindicação do direito das mulheres e pelo direito a liberdade no país. Um momento político, mas no verdadeiro sentido da palavra político” Sic. Ir. Marilda

No dia 09 de Março, junto com o Centro de Cidadania da Mulher participamos de uma Ação na Praça Salim Farah Maluf em Santo Amaro. Esta Ação contou com: Oficinas temáticas, apresentações  Cultural, Música ao vivo, espaço de beleza gratuito, entre outros...
  
Fonte: Unidade Antonia
 Lucia Alves dinamizou a oficina com a temática de Gênero.

Rosilene, Rosimeire, Maria José e Luiza ficaram ao lado do Ônibus da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, fazendo abordagem e explicando o sentido do dia Internacional da Mulher. 

Fonte: Unidade Antonia
Fonte: Unidade Antonia



segunda-feira, 14 de março de 2016

MARÇO - MÊS DA MULHER

A MULHER


Fonte: Internet

Inspiração para os poetas,
exemplos para os filhos,
orgulho para os pais.

A mulher sexo frágil! Será?
Mulher mãe, mulher filha, tia e avó,
amiga nas horas difíceis,
companheira sempre disposta.
Capaz de fazer coisas inimagináveis 
pelos que ama 
e quando ama sabe demonstrar, com um brilho especial em seu olhar.

Procura mostrar seu valor,

mesmo que ninguém acredite luta por seus ideais,
quer seu espaço.

 Foi-se o tempo em que a mulher 
era apenas “do lar”,
conquistou seu espaço no mundo antes liderado 
apenas pelos homens.

Fonte: Internet

Com coragem e perseverança,
conquistou direitos,
mostrou a que veio e não parou.
Competente em tudo o que faz,
hoje pelo mundo há mulheres lideres,
governado países importantes 
como o nosso.
Mulheres, profissionais competentes,
corajosas, sonhadoras, amorosas,
frágeis e ao mesmo tempo fortes,
conquistando o mundo, 
provando seu valor.
Escrevendo suas historias a cada dia,
buscando sempre mais.
Em qualquer lugar do mundo,
          acertando ou errando, mulher, sempre mulher.

                   Isabel Godoy

segunda-feira, 7 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher: Conquistas e desafios

Por Rosilene Costa (Projeto Antonia)

O dia 08 de março é conhecido mundialmente pela comemoração do Dia Internacional da Mulher. Trata-se de um dia dedicado às lutas e conquistas das mulheres no decorrer de décadas de opressão e submissão em que foram cerceadas.
Os diversos eventos idealizados para março, que passou a ser conhecido como o mês da mulher, traz lembranças das operárias de uma fábrica têxtil em greve por melhores condições de trabalho na cidade de Nova Iorque (E.U.A.) e das mulheres russas que lutavam por terra, pão e paz, elas introduziram a revolução de 1917, além de tantas outras batalhas[i].
No Brasil a mulher vem conquistando cada vez mais espaço, seja na política, ou em outras instituições onde outrora somente os homens adentravam. Os movimentos feministas são os grandes protagonistas dessas conquistas, pois com seus panelaços, suas marchas e passeatas buscam serem vistas e terem as demandas das mulheres atendidas pelo Estado. Essa batalha é constante, percebe-se que estamos correndo riscos de termos os direitos conquistados com tanta luta serem esmagados pela onda conservadora que tomou conta de nosso país. Nesse sentido, nesse 08 de março vamos mais uma vez nos reafirmar enquanto mulheres que lutam por um país melhor, menos injusto, menos desigual, menos violento. Temos o dever de exigir que sejam respeitados os direitos de toda população, em especial das pessoas mais vulneráveis. Que possamos ser protagonistas de nossa história em todos os meses do ano e em todos os países do mundo!
Oferecemos essa mensagem do escritor e jornalista mineiro Fernando Sabino (1923 - 2004) para todas as mulheres que contribuíram e contribuem para a transformação de nossa sociedade.

Imagem: Pamela de Castro
(Grafiteira)
“De tudo ficaram três coisas...
A certeza de que estamos começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Façamos da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!”
Fernando Sabino


[i] www.redemulher.org.br - Leia Mais