segunda-feira, 30 de julho de 2018

Pare! Escute! Reze!

Pare! Escute! Reze!

Compartilhando este precioso texto postado no Blog Vocacional Oblatas


Vivemos num mundo acelerado, onde as pessoas correm, correm, correm... e às vezes nem sabem para onde. Depois perguntam: “Por que correr tanto assim?”. Será que já não lhe deu vontade de se trancar num quarto e esperar a vida passar? Sintoma muito ruim este! Nada bom. Sinal de que algo está fugindo do nosso controle.

Diante de Deus, de nós mesmos e das coisas
que sempre fazemos, precisamos:


Parar um pouco...
Parar seu trabalho e deixe suas mãos vazias...
Pare sua mente e deixe livre sua imaginação...
Por que você também não abandona seu calendário, sua agenda?...
Pare seu relógio, tire-o do pulso, e o que está na parede cubra-o com um pano...
Deixe de lado aquelas preocupações inúteis...
Silencie tudo...
Silêncio no seu interior...

Coloque suas mãos sobre o seu peito e deixe seu coração exalar o perfume do amor criador de Deus... Pare! Escute! Reze!

Somos nômades nesta terra, e mesmo que tenhamos nossa casa, nosso endereço, nem levamos em conta que temos um lugar para nos proteger, uma família que reparte conosco a vida, filhos, irmãos, amigos... Se assim é, as coisas inúteis começam a ocupar o espaço em nossa mente e em nosso coração, e as coisas nobres ficam esquecidas. 

Todos sabemos: a aurora sempre traz o sol; e o crepúsculo, a noite, e como alguém já afirmou: “Nas mãos do poeta e o sol se põe e a lua dorme!”. E podemos ainda dizer: nas mãos do poeta as estrelas brilham e brincam. Não nos deleitamos com as maravilhas da criação de Deus, e é uma pena!

Somos nômades com sede do infinito. A vida tão bela e tão frágil só encontra seu sentido pleno nas mãos do Criador, que vai nos moldando em seu amor todos os dias, como o barro nas mãos do oleiro. 

Abraçar as responsabilidades do dia a dia é necessário, porém é preciso parar, escutar e rezar: “Vinde a mim, vós todos, fatigados e cansados...” A sabedoria e a pedagogia divinas nos ensinam o que é preciso fazer e cuidar. É Jesus quem nos seduz: Tu me cativaste Senhor! É ele quem nos atrai tanto. Pergunte a você: “O que mais me atrai na vida?”. Deus está aí, sempre presente, e nos procurando para nos amar e nos revestir de sua bondade e misericórdia: Pare! Escute! Reze!

Pe. Ferdinando Mancilio, C.Ss.R.


quinta-feira, 26 de julho de 2018

Bingo Temático - Projeto Antonia

O Projeto Antonia, unidade da Rede Oblata em SP, realizou hoje bingo com as mulheres atendidas; aproveitou-se a oportunidade para refletir sobre o tema do Tráfico de Pessoas, já que o próximo dia 30, é Dia Mundial de Enfrentamento ao tráfico de Pessoas.  







Ações em Parceria - Reunião Rede Sul II

Neste mês de julho, Maria José (Educadora Social do Projeto Antonia) participou da reunião da Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher - Sul II (Vila Mariana, Ipiranga, Santo Amaro e Jabaquara).

A Reunião teve como objetivo realizar com as/os integrantes uma oficina de mapeamento da Rede de atendimento à mulher em contexto de violência com a finalidade de fortalecer os serviços e o trabalho rede nestes tempos em que vivemos um desmonte dos serviços assistenciais; 

























Acompanhe as Ações da Rede Oblata Brasil


quarta-feira, 11 de julho de 2018

Do Paquistão ao Brasil: Como Malala Yousafzai quer garantir acesso à educação de qualidade para meninas

Ativista paquistanesa, que também é a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, veio ao Brasil para falar sobre empoderamento: "Meu pai foi um homem que quebrou barreiras por me deixar estudar."


Uma menina com uma caneta na mão está imbuída do poder de mudar o mundo. Por meio da leitura e da escrita, ela pode contar a própria história e elevar sua voz. Mas não é tão simples quanto parece. Só no Brasil, cerca de 1,5 milhão de meninas não têm acesso à educação básica -- e, assim, não podem falar por si mesmas. "O empoderamento feminino vem da educação, tem a ver com emancipação", afirmou a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, de 20 anos, na tarde desta segunda-feira (9), em palestra que marca sua primeira visita ao Brasil.
O evento, direcionado a estudantes de escolas públicas de todo o Brasil e a organizações que trabalham com educação, lotou o Auditório Ibirapuera, que comporta cerca de 800 pessoas. Em sua fala de abertura, Malala agradeceu a hospitalidade brasileira, e trouxe dados que justificaram sua visita ao País, e que expõem uma realidade vivida por meninas em todo o mundo -- e que ela luta para mudar.
"Trata-se não só de aumentar o conhecimento das mulheres, mas também crescer economias, fortalecer democracias e dar estabilidade aos países. A educação é o melhor investimento sustentável a longo prazo".


"Recebi muitas cartas de apoio e mensagens do Brasil, pedindo que eu um dia viesse aqui. Este país tem uma grande energia que emana dos jovens, e minha esperança é encontrarmos maneiras de todas as meninas daqui terem acesso à educação, sobretudo de comunidades afrodescendentes e indígenas", afirmou.
Segundo levantamento do Atlas de Desigualdade de Gênero na Educação, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), quase 16 milhões de meninas do mundo todod, entre 6 e 11 anos, nunca irão à escola. O número é duas vezes maior que o de meninos. Entre eles, no mundo, 8 milhões nunca frequentarão as salas de aula.

"Existem 1,5 milhão de meninas sem acesso à escola no Brasil. Quero encontrar meios para mudar isso", disse. E continua: "Trabalhando junto com os defensores da educação, com a intenção de devolver às pessoas a esperança de se sentirem seguras, de que vão receber um ensino de alta qualidade".
Além dos dados alarmantes, outra razão que trouxe Malala ao Brasil foi a força das organizações locais para alcançar melhorias na educação, para além de políticas públicas. Além de demonstrar interesse em promover educação entre as comunidades menos favorecidas, ela anunciou que nos próximos dias serão divulgados projetos do Fundo Malala no Brasil. 


Muito mais do que saber ler e escrever, para Malala a educação é uma ferramenta poderosa de transformação do mundo -- que alguns ainda enxergam como ameaça. "Eu também fui privada de educação quando o Talibã proibiu meninas de estudarem. Fui um alvo porque eles entenderam que o empoderamento feminino vinha da educação, que tem a ver com emancipação", disse. "Trata-se não só de aumentar o conhecimento das mulheres, mas também crescer economias, fortalecer democracias e dar estabilidade aos países. A educação é o melhor investimento sustentável a longo prazo".
Ela compartilhou uma situação em que uma colega da escola chegou atrasada para aula. A garota tinha de esperar os pais saírem de casa e, assim, sair para estudar escondida. "O papel dos pais e das mães é fundamental no empoderamento feminino", disse. "É importante que as mulheres se expressem. As mulheres têm que quebrar essas barreiras", completou.
A paquistanesa lembrou que, quando era uma aluna em seu país, outras colegas de sua classe também defendiam a educação feminina assim como ela, mas em segredo. "A diferença é que os meus pais nunca me impediram de falar o que eu pensava".

Fonte: huffpost