Nome, idade, filhos, mês, ano, motivação, arma do
crime e local. Estas são as informações divulgadas pela exposição “Corpos
da Penha” que rompe com a invisibilidade da violência contra mulher e surpreende
quem a visita.
A exposição “Corpos da Penha”, disponibilizada pelo Centro de Defesa e Convivência da Mulher – CDCM Casa da Mulher Crê Ser, foi apresentada no Fórum do Núcleo de Prevenção à Violência – NPV, realizado no dia 18/11/2019 na subprefeitura de Cidade Ademar. Corpos da Penha consiste em silhuetas de diferentes corpos femininos, em tamanho proporcional, com informações de casos reais de feminicídio na região da zona sul de São Paulo.
A exposição “Corpos da Penha”, disponibilizada pelo Centro de Defesa e Convivência da Mulher – CDCM Casa da Mulher Crê Ser, foi apresentada no Fórum do Núcleo de Prevenção à Violência – NPV, realizado no dia 18/11/2019 na subprefeitura de Cidade Ademar. Corpos da Penha consiste em silhuetas de diferentes corpos femininos, em tamanho proporcional, com informações de casos reais de feminicídio na região da zona sul de São Paulo.
Além da exposição, Vanessa Feijó, gerente, e
Fabiana Pelegrino, advogada na Casa da Mulher, apresentaram informações sobre a
visita de Corpos da Penhas nas Unidades Básicas de Saúde – UBSs.
Trabalhadores desses serviços comentaram que se surpreenderam com a força da
sensibilização gerada pela exposição. Do desconforto à mudanças reais, os
participantes compartilharam a percepção que tiveram ante a exposição e o que
observaram nos pacientes: mulheres que sentiram-se fortalecidas para romper com
o ciclo da violência doméstica, a reação do público masculino, a surpresa ao
perceberem serem casos reais e próximos e ainda como as pessoas passaram a
“chamar de canto para explicar o que significa” essa alarmante realidade.
Neste evento o Projeto Antonia também compartilhou
com o público, trabalhadoras/es nas políticas de Saúde, Educação e Assistência Social,
um panorama sobre a realidade da prostituição de mulheres de baixa renda na
região de Santo Amaro. Puderam sensibilizá-los para os desafios no atendimento
às mulheres no contexto da prostituição, em razão dos estigmas sociais que
agravam as condições de usufruto de direitos e da maior legitimação da
violência contra mulher quando sofridas por mulheres que se prostituem.
O NPV é um espaço de interlocução de serviços de
saúde para a atenção integral à saúde da pessoa em situação de violência
formado por trabalhadores que atuam em diferentes distritos da região sul de
São Paulo. Ampliar a sensibilização sobre a realidade da prostituição em Santo
Amaro para além da região onde ela acontece, especialmente na área da saúde, é
uma forma de contribuir para que as mulheres possam reivindicar o acesso à
saúde integral desde a atenção básica existente em seus locais de moradia.